(Escrito em: 11 de Agosto de 2017)
Eis que se senta e queda pensando, que há de tão interessante no mundo da informação?
Nota que o fluxo de ideias percorre casas, campos, cidades e metrópoles em questões de instantes, vê que a informação é disponibilizada para todos, mas enfim se questiona, toda a informação? Quão confiável é tal informação? Quem gera essa informação?
Ao passar os olhos pelos periódicos digitais nota a presença de severa tendenciosidade, vê que os editores precisam da matéria, precisam incessantemente dum fluxo de informação ininterrupto, então imagina, que sentido faz tanta informação já que nem toda agrega valor ao seu mundo? Ou ainda, não agrega valor ao mundo.
Transcende então seu pensamento ao entender que não só é bobagem perder tempo lendo tanto. É também negligência ao ideal, corrompendo o mais frágil, àquele que apenas escutou dalgum lugar tal ocorrência e tomou-lhe por verdade.
Então percebe que há demasiada tolice nos representantes sociais mais ativos das plataformas mais acessadas, fica claro quando vê que eles propõem apenas ideias rápidas, que sejam fortes e criticam de qualquer forma a oposição, nem que seja preciso levar ao ridículo, nem que seja preciso elevar o diálogo a um nível tolo e disperso.
Deixa seus olhos focados ao marketing das empresas, setores privados e públicos sedentos de fome e deturpando dados e informação a serviço de seus chefes, sentem-se acolhidos por tal farsa, sentem-se livres de quaisquer responsabilidades, então se denominam engrenagens do sistema, as mesmas pessoas que negam sua liberdade e apenas seguem como se fossem apenas obrigados a fazerem tal indolência. Apáticos, personagens da manipulação, conclusão à qual você não cessa de chegar.
Olha então a natureza, os campos, a manhã, a brisa, sente-se mais calmo, tudo parece agir de forma mais natural, mas então lhe avisam dos terremotos, desmoronamentos, alternâncias de temperatura que destroem a vida. Então nega sua verdade, tapa seus olhos a isso, considera como forma da natureza punir os agentes ruins, humanos perversos, porém seu cérebro não está mais trabalhando com sua moral, então percebe que a natureza não é algo além dos humanos, além da ganância de pequenos macacos, os pobres deturpadores e deturpados fazem parte de todo esse sistema natural e seu egoísmo nada mais é que a própria manifestação pura da natureza na espécie dominante da atualidade.
Então põe-se a pensar, queda a fritar neurônios na incessável revolta pelos ideais humanos, mas amigo, perceba, apenas a ignorância tornar-lhe-á feliz e assim, pensando, só fará de ti um doutor da sabedoria e um tolo da vida. Ainda exclamo: quanto mais souber, mais desejará não saber.