(Escrito em: 7 de setembro de 2017)
Oh, guria de bom grado, cá faz jus a teu reinado.
D’alma fez-se diferente, dúvida que impera imanente.
Oh, pessoa de olhares, de gestos simples que encantam
Que a vida lhe dê asas num romance acalanto.
Entenda o necessário que o destino lhe propor,
Já que muitos caminhos errados sem saber vai escolher.
Ei, pessoa que impera sem ideal Real
Os dias que se passam só comprovam o anormal.
Indecifrável criatura, de constante inconstância
Torne-lhe forte, que ature esta distância,
Por mais uma descoberta, por um outro qualquer
Que de teus olhos lágrimas não escorram.
Fenda tua tortura e assim a fragmente,
Já que em dores foi trazida, ungida e criada
Às dores será formada, assim faz-se sua passagem
Mesmo singrando em águas calmas, sem ritmo ou viagem.
Que sinta que a tormenta cá virá
Assim como em teu peito sentirá a dor aliviar.
Toque do destino, sopro majestoso,
Sem império, sem monetário, fez-se diferente de todos.
Escorrendo-se em tristezas e alegrias
Que de ti os caminhos perdoem
Essa falta de malícia, essa inocência incalculada
Que há de transformar-se em ira.
Ainda que reconfortante pareçam ser minhas palavras
Conheço tua maldade, teimosia e desprezo,
Pois, cuspo mais palavras se quiseres, utilize.
Faça-se única, por maldade, beleza e suas raízes.
A mutação chegará quando de tudo chorar,
O todo se formará e assim reproduzirá
A metamorfose sentimental que terá de aturar
E com dor e com sangue, mulher te tornará.