(Escrito em: 23 de novembro de 2018)
De cá pra lá segue-se,
O cumprimento foi extinguido,
Deu lugar ao fardo e a batalha.
Há perdão para quem falha?
Manhã de desafio.
Certeza de mudanças.
Vontades e medos,
Armadilhas e segredos.
Passo a passo
Ouço o estilhaço,
Um sonho se quebrando
E a esperança terminando.
No olhar de cada qual
Vejo cansaço desigual,
Privilégios para tais,
Arrependimentos aos demais.
Noto o vento,
Noto a vida,
Vejo a vinda
E a ida.
Pressinto alterações próximas,
Perdas irreversíveis a vir,
Vontade de entrar num casulo,
Mas com ironia mostro um sorrir.
Assisto meus amigos partindo,
Familiares aos poucos a morrer…
Nostalgia aflore no momento,
Mais a sentir que a fazer.
A febre do século me cerca,
O calor da doença amedronta.
Desistir não seria aceitável,
Apenas adio o inevitável…