(Escrito em: 28 de fevereiro de 2020)
Formigas perambulando em busca de ascensão.
Crescimento d’alma, bens e poder, nas palmas da mão,
Valores e honras começam a cair em rescisão…
Perdemos controle de nossas vidas para si próprios,
Para a sombra que habita o ser em segredo de possessão,
O mesmo ser que decide no íntimo cada nova decisão.
Devido a este tempo de desencontro e desentendimento
Tornei-me estranho frente minha própria convicção,
Então volto a me reprimir pelo insucesso do não ocorrido,
Deixando de lado o orgulho das vitórias de fatos vividos.
Esta música que toca novamente no meu celular
Agora passa a tocar nos bares, nos carros, na sala de estar.
Sensação de paz com ruídos de matar, leva a metástase a corromper
E ainda insisto num ser novo tentar me acordar…
Um número qualquer que tenta um qualquer encontrar
Esbarra em minha voz a questionar.
Será que pode haver engano e coincidência
Ou isso só não passa de sentido em ausência?
Trombando com novos rostos antigos tento a vida ignorar,
Enquanto mais problemas me acham, mais bebida preciso tomar.
No momento que eu decidir me encontrar,
Talvez isso tudo já nem venha mais a calhar…
A conversa qualquer daquela mesa de bar,
Nos detalhes escondidos em risos e olhares
Pode num segundo momento sentido algum significar,
Porém que sentido esta vida poderia nos revelar?
Nas tantas respostas que passo anos procurando,
Só deparo cada vez mais em dúvidas me afogando.
Bem, talvez eu já nem saiba mais procurar,
Ou pior, não saiba o que quero encontrar…