(Escrito na data de postagem)
Enquanto os velhos se findam em nostalgia com “aqueles” tempos de outrora, a juventude acredita ser excepcional por descobrir alguns conceitos de práxis que torcem neurônios quando introduzidos. Já eu, bem, apenas sigo…
De quando em quando me questiono com algum item que me parece novo ou ao menos diferenciado, contudo a grande maioria das coisas que deparo mais servem para alimentar meu tédio. Ainda assim, consumir meia dúzias de bocejos midiáticos por dia me fazem certo bem, quem sabe um bem maior do que se ver encucado com questões existenciais que mais me habitam para subtrair vitalidade do que para exercitar a cabeça.
Quanto mais dias passam mais fico convencido de que nossa moralidade é frágil e vendível (ou vendável), dependendo apenas do preço ofertado, ainda assim, não estou mencionando subornos ou situações que botam o ser contra a parede, mas de repressões que fervem miolos e fazem o cujo tal se voltar contra seus princípios que nalgum instante foram indubitáveis.
Quem sabe só seja questão de admitir que somos instáveis ao ponto de, nalguns eventos, desejarmos o incorreto e o incerto, desejo qual fomenta a procura pelo novo, pela sensação de aventura, prazer, ou até quem sabe, apenas para deixar o tédio casual.
Seja na vida cosmopolita quanto no encasulamento social, nalgum momento a vontade de jogar tudo para o alto virá, claro, a maioria irá apenas reprimir essa vontade de quando em quando, seguir para um hipotético ideal que construiu. Quando um ou outro se entregar às forças de sua vontade será dito como inusitado e rebelde, talvez louco. Dito, não… julgado.
Ainda que as entrelinhas que sussurram questionamentos venham a revelar novidade e quebra de paradigmas subjetivos, o arrependimento pelo fato consumido será vivido, seja na expressão facial que não esconde a vergonha, seja no choro no canto do cômodo, seja na tentativa de se restabelecer no estragado.
Essa solução de comodismo que procuro me parece ser muito mais saudável do que apenas não se importar com atos e suas consequências, resposta para o caminho a tomar não virá, contudo como achar uma resposta se nem sequer a pergunta sei formular?