Sopro

(Escrito na data de postagem)

Conflitos internos regendo a dúvida insana,
Interesses múltiplos e uma paixão profana
Ligam-me à fria procura tempestuosa…
Passo a pensar que solução é deleite utópico,
Sem sanidade, busco equilíbrio inalcançável.

Disfarce e rotina camuflam meu sombrio,
Padeço verborrágicamente calado, sem brio.
Custo achar momento no dia que valha d’algo,
Desempenho meu papel sem cor no traço
E adoeço em dúvida a cada novo trago…

Sem estrutura defino minha potência,
Metamórficamente cumpro com presença,
Contudo, aquele que de leve tenta enxergar
Só poderá notar minha ausência a exalar.

Máscara de sanidade rasga peito e cai,
Duplicidade demente infundida ficou.
Sem erro ou acerto traço moralidade
E sem base cumpro minha covardia,
Que será de mim sem esta tristeza?
Que será de tudo sem minha presença?
Experimento nova forma de alegria…